Catch bull at four - Cat Stevens

A contracultura nos trouxe, ao rejeitar o stablishment, várias práticas orientais para a "expansão da consciência" (seja lá o que seja isso). Creio que isso tem relação à "iluminação" preconizada pelo Buda. Uma curiosidade, os cabelos longos daqueles dias além de afrontarem o militarismo dos cortes curto serviam como "antenas" para captar a "energia do éter". Sabemos que no início dos anos 70 os compromissos do Cat Stevens estavam acabando com a saúde física e mental dele. E ele começou a procurar algo que o ajudasse a enfrentar a fúria vampiresca de seus fans que, aos poucos, estava sugando toda a energia dele. Esse disco é uma pista dessa busca. Existe uma série de poemas chineses ("Ten Bulls") que descrevem as etapas a serem conquistadas através de uma ação/meditação até que se chegar à iluminação e, o quarto poema é o "catch" do título do disco. Como a palavra pode ser ambígua, "catch" tanto pode ser "pegar" como "ser pego" (no sentido de ser enganado). Isso pode ser mais uma pista na qual o Cat Stevens nos diz que tentou esse caminho mas não deu em nada (tanto que mais tarde ele se voltou para o Islamismo). Já na primeira música ("Sitting") nos é apresentado o "método" Cat-Steveniano de meditação. Além de "Sitting" e "Can't keep it in" que fizeram sucesso, o que me levou a comprar esse disco na época foi "O caritas", uma música muito curiosa, meio espanhola, meio medieval com letra em latim. Como sempre nos seus albuns a produção é primorosa em discos com prensagens perfeitas em termos de qualidade sonora.

Lançado em Setembro de 1972

Lado A

1) Sitting

2) Boy with a Moon & Star on his head

3) Angelsea

4) Silent Sunlight

5) Can't keep it in

Lado B

1) 18th avenue (Kansas City nightmare)

2) Freezing Steel

3) O caritas

4) Sweet Scarlet

5) Ruins