I got them ol' Kosmik Blues again Mama ! - Janis Joplin
O sucesso pode ser mortal, e foi para a nossa amiga. Sendo este seu primeiro disco solo ela pode dar uma ênfase aos metais para complementar o repertório todo voltado ao soul e blues. Gravado em dez dias esse disco passou despercebido pois o "Cheap Thrills" se mostrava insuperável quase um ano e meio depois de seu lançamento: o público de blues sempre foi menor. Este é o disco dela que eu mais gosto (de maneira geral as pessoas gostam do "Perl" ), é um trabalho mais caprichado e introspectivo, sempre me pareceu algo que veio das profundezas de sua alma. Uma surpresa é sua versão de "To love somebody" do Bee Gees. Percebe-se, ao longo do disco que existe uma certa tensão cada vez que ela começa a cantar, parece que ela sabia o quão dolorido era cantar como ela se propunha: ser intérprete e não simplesmente uma cantora. Cada nota, cada fim de frase nos faz sentir o pêso da existência. Esse é um disco que quando acaba um lado demoramos a levantar para virar o disco, ela não canta para você, ela canta com você. Esse é um disco em que você chora sem saber o motivo.
Lançado em Setembro de 1969
Lado A
1) Try (just a little bit harder)
2) Maybe
3) One good man
4) As good as you've been to this world
Lado B
1) To love somebody
2) Kosmic Blues
3) Little Girl Blue
4) Work me, Lord