I got them ol' Kosmik Blues again Mama ! - Janis Joplin

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O sucesso pode ser mortal, e foi para a nossa amiga. Sendo este seu primeiro disco solo ela pode dar uma ênfase aos metais para complementar o repertório todo voltado ao soul e blues. Gravado em dez dias esse disco passou despercebido pois o "Cheap Thrills" se mostrava insuperável quase um ano e meio depois de seu lançamento: o público de blues sempre foi menor. Este é o disco dela que eu mais gosto (de maneira geral as pessoas gostam do "Perl" ), é um trabalho mais caprichado e introspectivo, sempre me pareceu algo que veio das profundezas de sua alma.  Uma surpresa é sua versão de "To love somebody" do Bee Gees. Percebe-se, ao longo do disco que existe uma certa tensão cada vez que ela começa a cantar, parece que ela sabia o quão dolorido era cantar como ela se propunha: ser intérprete e não simplesmente uma cantora. Cada nota, cada fim de frase nos faz sentir o pêso da existência. Esse é um disco que quando acaba um lado demoramos a levantar para virar o disco, ela não canta para você, ela canta com você. Esse é um disco em que você chora sem saber o motivo.

Lançado em Setembro de 1969

Lado A

1) Try (just a little bit harder)

2) Maybe

3) One good man

4) As good as you've been to this world

Lado B

1) To love somebody

2) Kosmic Blues

3) Little Girl Blue

4) Work me, Lord

I got them ol' Kosmik Blues again Mama ! - Janis Joplin

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P
Pedro Almodóvar escreve, nas liner notes do álbum “Viva la tristeza”:<br /> <br /> «una reivindicación de la lágrima, de la emoción líquida, de la soledad, de la intimidad con uno mismo acompañado de recuerdos dolorosos, de la melancolía. Sin que esto signifique complacencia en el dolor, el masoquismo»
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W
Touché !