Santana III - Santana
Este é o último disco da formação que esteve no Festival de Woodstock (Agosto de 1969). Conheci o Santana através do disco anterior, o Santana Abraxas (que fez muito sucesso com “Oye come va” e “Samba pa ti”). Mas o Santana III (foi o primeiro Santana que possuí), para mim, foi o ápice do grupo. A percussão é perfeita e as guitarras mais que perfeitas. Além do Carlos Santana outro guitarrista era o Neal Schon que tinha 17 anos na ocasião. O disco não tem falhas e as músicas são contagiantes. Fico imaginando como seria minha reação num concerto com as músicas desse disco. A latinidade fica por conta da percussão e as guitarras fazem o contraponto perfeito. É algo intuitivo, instintivo, primitivo mesmo.
O disco aqui no Brasil saiu simples, não era um album bonitinho como o americano. Ainda não tinha acontecido a crise do petróleo (os postos de gasolina fechavam às 20hs da sexta-feira e abriam às 6 da manhã da segunda-feira) mas eram ásperos tempos em que se economizava em tudo que se podia. No verso do disco a foto do grupo: sempre achei o Carlos Santana parecido com o Eduardo Araújo (estou falando deles nessa época). Com o advento da contracultura os vigilantes da moral e bons costumes abominavam (obviamente) a moral e os bons costumes dos contraculturados, no caso os hippies. E o que se via naquela foto era o retrato de tudo o que as mães não queriam como genros. Não sei o que as meninas achavam deles mas posso imaginar uma vez que de maneira geral os meninos ouviam as músicas e as meninas viam os músicos. E o aparência deles era, para a época, um tanto agressiva. Hoje em dia as coisas estão diferentes mas o rock é o mesmo.
Lançamento : Setembro de 1971
Lado Um
- Batuka
- No one to depend on
- Taboo
- Toussaint L’Overture
Lado Dois
- Everybody’s everything
- Guajira
- Jungle Strut
- Everything’s coming our way
- Para los rumberos